Hoje acordei com saudades de escrever, de novo.
E hoje o dia está propicio para isso: cinzento, nublado, melancólico.
Na playlist do Spotify, estava tocando só as bandas emos da minha adolescência.
Foi um mergulho na adolescência, nos sonhos antigos e nos amores frustrados.
É engraçado a gente voltar às velhas músicas, porque o contexto é totalmente diferente agora.
Parece que não se encaixa mais - e de fato, é pra isso acontecer-.
Já não sou mais a mesma, já morri e renasci, mas os gostos ainda são os mesmos.
SOBRE SEMELHANÇAS
Por muito tempo, busquei me encaixar em caixinhas. Pulava de uma para outra, mas nenhuma parecia servir. E assim segui, até o dia em que descobri que as caixas não existiam. Sempre pensei fora da caixa. Nunca enxerguei a vida do mesmo jeito que os outros. Olhava a fórmula de matemática na lousa, seguia todos os passos que a professora ensinara e, adivinha? O resultado era o mesmo, mas, para mim, sempre faltava uma etapa. — Volte para sua mesa e refaça como ensinei. Assim dizia a professora. Assim vivi por muito tempo. Décadas. Quando entendi que pensar fora da caixa era simplesmente ver o mundo de um jeito diferente, senti alívio. E esse alívio veio num diálogo entre meu marido e eu, logo após sair do teste de neurodivergência. A pergunta era simples: — Você precisa me dizer quais são as semelhanças entre as palavras que eu falar, certo? — Certo. — Orelha e olhos. Minha resposta: — Ambas estão no rosto. A resposta do meu marido: — São sentidos humanos — audição e visão. Mesma pergun...
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