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Mostrando postagens de maio, 2013

Encaixotar.

      Encaixotar as coisas requer uma certa prática, uma certa malícia. Não se deve encaixotar aquilo que é desnecessário, muito pelo contrário, deve-se deixar de lado toda quinquilharia adquirida pelo tempo.     Não vale a pena encaixotar medos, frustrações. Pois isso é algo desnecessário. Devemos encaixotar nossos sonhos, pensamentos positivos, as boas experiências, os bons amigos, os bons ve ntos. Fazendo isso correremos o risco de sermos felizes em novos lugares, com novas pessoas.      É o que devemos fazer a cada novo ano, encaixotar tudo aquilo que nos foi bom e deixar à margem aquilo que não foi tão bom assim. Devemos encaixotar e abrir nossas caixas no nosso novo ano, nosso novo rumo, nosso novo re-começo. Encaixotar é só um ato de armazenar as coisas boas, mas se não tirarmos essas coisas boas da caixa não nos terá serventia. Encaixote e abra novos horizontes, novos ventos, novas manhãs.  Dedico esse texto a todos os meus amigos que estão encaixotando coisas e seguindo uma no
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Eu luar ada Luarando por ai Com'nhalma pesada Descanso na lua Luando  Luoca e Lunática  Lua alumiando minha vida Miro a lua  e A lua alumia e Enluamia minha vida.

O gosto do café.

      Café deveria ser intitulada a bebida mais saborosa e mais viciante do mundo. Essa minha paixão começou desde a minha infância. Eu tinha 7 anos de idade quando essa substância apareceu na minha vida, no meu corpo, nas minhas veias.        Lembro como se fosse ontem... A máquina de café, o café sendo torrado, o cheirinho bom de infância no ar, delícia! Quanta saudade cabe no peito quando penso nesse cheiro, quando penso na saudade, ai!ai!ai! Queria ter o poder de voltar o tempo, reviver e beber todas as minhas xícaras de cafés. Recordo-me dos cafés com bolacha, café com leite condensado, café com leite, ou somente,  o café.       Pra mim esse gosto de infância, esse gosto de saudade, esse gosto de falta, me lembra tanta coisa, e, se fico sem essa bebida acabo azedando todo o meu dia. Sou tão dependente dessa substância, que até mesmo numa viagem ao exterior fui capaz de procurá-la em todas" las confeterias". Há quem diga que isso que eu sinto pelo café seja um víci
Desaguar,  desalmar,  desaventear,  desabrisar, Correr pro mar,  almar e amar.

Poeminha sobre o tempo

O tempo me deixa velha. Com direito a rugas na testa e nas mãos. O tempo me deixa marcas. De chegadas e partidas. O tempo me deixa. O tempo me carrega. O tempo nos rege. Nos  move. O tempo nosso de cada dia. é nosso dono. O tempo nos consome. 

Uma verdade

Estou com fome de palavras e sede em usá-las.

Ela e a chuva

          Era uma  manhã chuvosa de domingo. A preguiça e a falta de energia dominava a vez.     Ela estava deitada olhando o gotejar da chuva que caia em forma de som. Tranquilizador.Era essa a palavra. Aquele gotejar trazia paz pra tanta falta de calmaria. Era paz em meio a tormenta, em meio ao olho de um furacão.      Ela estava sozinha. Ela era sozinha. Ela havia ficado sozinha. Não procurava mais se preencher em ninguém, a não ser , em sua própria vontade de viver, a não ser em sua própria vontade de ver. Era ela e só ela, e , era ela por si só. O que outrora era verdade, pra ela era mentira agora. Já não via sentido no que sentia, ou ate mesmo no que era, antes da chuva penetrar em sua vida daquela forma. Antes da chuva chegar, ela não via a vida, não via sentido naquela vida conturbada.       O som da chuva é tranquilizador. Tranquilizava ate mesmo a vida dela. Tranquilizava aquela sensação de não- vida, de não-alegria, de não-viver. O som da chuva alcançou todos lugares. Inva

Silenciar

 A minha incapacidade em criar, ou ate mesmo em escrever, sempre me deixou muito aflita. Principalmente nos últimos dias. Tenho escrito e pensado muita coisa, mas nada daquilo que eu gostaria de falar. Sobra assim apenas o silêncio. Talvez seja esse o texto perfeito. O silêncio.Esse substantivo masculino que é definido como a incapacidade de utilizar sons, palavras, ruídos e cores, entretanto fala mais alto. É repleto de significado, é um ser tão cheio.Como verbo transitivo, silenciar,  é o que me cala, que me silencia, me embatuca, me emudece. O silêncio fala. O silêncio escuta.  O silêncio responde.

Sobre mim e sobre o silêncio

quando me calo, mais falo quando me silencio, mais escrevo quando escrevo, mais me emudeço.

Lado da sorte.

Pra que lado foi a sorte? Será que ela está no norte? Ou já se foi para o sul? Pra que lado foi a sorte? Será que foi pro leste? Oeste? Ou está perdida pontos colaterais? Nordeste? Sudeste? Noroeste? Sudoeste? Pra que lado ela sopra? Será que é tão longe quanto uma volta ao horizonte? Seria ela uma rosa dos ventos? Pra que lado foi a sorte? Caso encontre, avise a mim. Por enquanto, vou  procurá-la pra que ela encontre a mim.

Fingir e rir?

          Eis que estou na Circular, em plena lotação das 17h40, e vejo um lugar no fundo do ônibus ao lado de duas adolescentes.          Caminhei em direção ao lugar e sentei. Logo atrás de mim vinha uma moça cheia de sacolas que tentava passar com dificuldade pela catraca do ônibus. As duas adolescentes que estavam do meu lado começaram a rir sem parar, olhavam para a moça e davam risada. Graças a duas mulhere s a moça das sacolas conseguiu um lugar pra se sentar. Eu achando, que aquela postura das duas adolescentes seria de bom tamanho pra me demonstrar o quão desrespeitosas eram, eis que uma vira pra outra e fala: “Ai, esse choro de bebê me dá dor de cabeça". E partir daquela cena, pensei:        O que me deixa com dor de cabeça não é o fato de um choro de bebê, nem mesmo a super lotação que é a Circular de Assis, muito pelo contrário, o que me deixa com dor de cabeça é ver que a NOSSA geração, a MINHA geração está se tornando uma geração EGOCÊNTRICA e CHEIA de SI. Uma geraç