"Verás que um filho teu não foge a luta"

      Hoje ( assim como toda sexta-feira antes de começar as aulas) nos reunimos para cantar o nosso momento cívico. Trata-se de um momento separado para nos reunirmos em respeito ao nosso país, para cantarmos o nosso hino nacional,para hastear a nossa bandeira e para poder ensinar às nossas crianças o valor de cuidar do nosso Brasil. 

      Entretanto, fiquei pensado justamente numa frase do nosso hino. Confesso, que tal frase entrou no meu mais profundo âmago dos meus olhos e literalmente na alma do meu coração. Eis aqui ' a tal ' frase: " Verás que um filho teu não foge à luta, nem teme quem te adora a própria morte". Sempre tive a curiosidade de tentar entender cada frase do nosso hino. Ainda criança, ao também entoá-lo nos meus momentos cívicos, sempre tentei despedaçá-lo, desmiúça-lo, para poder compreendê-lo completamente. 

        Fracassadamente, nunca consegui entendê-lo muito bem. O mais triste de tudo isso é que ainda sigo sem entender. Não pela ligação dos verbos, nem pelo sujeito ou predicado, mas sim, pela sua essência que se contrasta com a nossa realidade. Principalmente com aquilo que chamamos de "luta". Como é de conhecimento de todos, sempre ao levantarmos estamos indo a luta. Acordamos, comemos e saímos para a batalha matinal. Seguimos aos nossos trabalhos, seguimos para nossas universidades, seguimos para nossas escolas. Vivemos em plena luta. Mas ninguém consegue ver a profundidade dos nossos atos matinais. Eles agem como se fosse apenas mais um ato. 

        Me entristece ver que nosso povo tão lutador, está sendo corrompido por um governo que se julga ser democrático e "transparente", mas quem o conhece a fundo, ou não, pode tirar a seguinte conclusão: que trata-se de um governo fascista e cheio de egocentrismo. Infelizmente, não tem como cantar o nosso hino nacional e não lembrar do descaso que estamos tendo com o nosso país, com os nossos verdadeiros lutadores, com os nossos estudantes, com os nossos professores, com os nosso agentes de saúde e principalmente , e em grande peso, o nosso POVO.  Por isso que entoar o nosso hino, para mim, foi algo sempre tão difícil, pois no fundo, ou no subconsciente, sempre achei que tivesse algo errado.