4 tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; 5 tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; 7 tempo de estar calado e tempo de falar; 8 tempo de amar e tempo de aborrecer .
Por muito tempo, busquei me encaixar em caixinhas. Pulava de uma para outra, mas nenhuma parecia servir. E assim segui, até o dia em que descobri que as caixas não existiam. Sempre pensei fora da caixa. Nunca enxerguei a vida do mesmo jeito que os outros. Olhava a fórmula de matemática na lousa, seguia todos os passos que a professora ensinara e, adivinha? O resultado era o mesmo, mas, para mim, sempre faltava uma etapa. — Volte para sua mesa e refaça como ensinei. Assim dizia a professora. Assim vivi por muito tempo. Décadas. Quando entendi que pensar fora da caixa era simplesmente ver o mundo de um jeito diferente, senti alívio. E esse alívio veio num diálogo entre meu marido e eu, logo após sair do teste de neurodivergência. A pergunta era simples: — Você precisa me dizer quais são as semelhanças entre as palavras que eu falar, certo? — Certo. — Orelha e olhos. Minha resposta: — Ambas estão no rosto. A resposta do meu marido: — São sentidos humanos — audição e visão. Mesma pergun...
"É assim que a vida segue, cada um pra si Nada pra todos. Permaneço como estava,onde meu finito é o infinito, Eu sou o que sobrou da sorte." Foram com essas palavras que o filme chegou ao fim. Monalisa analisava toda aquela informação como se tivesse desvendando algum misterio super importante. Bom pra ela , era importante fazer cena. Era importante ela querer pensar, a coitada tentava mais não conseguia, ela não sabe ter aquele luxo, o de pensar. Monalisa olhou da janela e observando toda aquela gente, que era tão minuscula que precisa de um óculos de míope para enxergar.Aliás, precisava de um óculos míope para se enxergar,era tão pequena,tão rala, tão vazia que nem podia se enxergar. Olhando para toda aquela gente, se sentia insignificante,não sentia merecedora de tamanha vida,se sentia como tal, um lixo ou um cabelo na sopa.Foi com essa tamanha delicadeza que seu único e ex namorado lhe chamara antes do termino do namoro. Ela encarava essa expressão como um elogio...
Certo dia, fui surpreendida por minha filha de dois anos com a seguinte queixa: — Aponte meus lápis, por favor. Peguei o apontador que tinha e, prontamente, comecei a apontá-los. Tudo corria bem até o terceiro lápis, quando o apontador parou de rodar. Tentei mais um pouco. Nada. Tirei a caixinha, abri para ver se alguma ponta estava enroscada na lâmina. Nada. Foi então que me lembrei da minha infância. Sempre que isso acontecia, usávamos a desculpa perfeita para improvisar um estilete com uma caneta BIC. Mas não. O objetivo ainda era apontar os lápis da minha filha. Com o apontador desmontado nas mãos, fui até a cozinha. Peguei uma faca de serrinha, girei o mini parafuso até soltar a lâmina. Depois, levei-a até a pia, abri a gaveta onde guardo o amolador de facas e afiei a lâmina do apontador. O verdadeiro desafio veio depois: recolocar a lâmina no apontador. Não por causa dela, mas por causa do mini parafuso teimoso, que não encaixava de jeito nenhum. Tentei por uns dez minuto...
4 tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria;
ResponderExcluir5 tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar;
7 tempo de estar calado e tempo de falar;
8 tempo de amar e tempo de aborrecer .
Tempo (...)